A recusa em relação à medicação é quase sempre resultante de um défice de informação, pelo qual, aliás, os media são muitas vezes responsáveis.
Existe uma perceção errónea quanto à frequência e gravidade dos efeitos acessórios (a dependência por exemplo é inexistente nas formulações de libertação prolongada), e por outro lado um desconhecimento quanto às consequências a prazo de uma PHDA e que incluem por exemplo um aumento para o dobro da dependência de “drogas” na adolescência entre uma miríade de outros problemas e consequências.

A solução está sempre no conhecimento fornecido por quem os pais respeitam a competência.

A PHDA pode ter início em idades muito precoces. Não é raro as mães afirmarem que durante a gravidez era o filho que mais se mexia dentro de si.

Outras afirmam. “O meu filho nunca andou, sempre correu! Claro que o impacto do problema é maior com a entrada na escola, altura em que habitualmente se coloca a questão de uma possível intervenção medicamentosa. A intervenção comportamental envolvendo técnicas de psicomotricidade podem ser utilizadas em crianças muito pequenas em fase pré-escolar.

Essa é uma confusão frequente.
A síndrome de Asperger é uma forma de autismo em que não só a capacidade cognitiva é normal, mas também não existem dificuldades linguísticas clinicamente óbvias.

Em princípio não poderá ser feito um diagnóstico de dislexia antes do segundo ano de escolaridade. Porém, a verdade é que 85% das crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem da leitura/escrita no final do 1º ano, mantêm essas dificuldades nos anos seguintes, ou seja, quem espera pelo “click” fá-lo-á em vão a maior parte das vezes. A minha convicção é que a intervenção é mais eficaz se for precoce, e com piores resultados acima dos 10 anos.

O atraso de linguagem é talvez o sinal mais precoce de que irão surgir dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita, mas também dificuldade na criação de rimas, memória de lengas-lengas, nomes sequencias (dias da semana, meses) etc.

Aconselhava a leitura do site da APPDAE (Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específica)